Tribunal do Júri esteve reunido nesta quinta-feira
O Tribunal do Júri da Comarca de Vacaria esteve reunido ontem e julgou Marcelo Borsatto.
Ele foi mandante da morte do sócio da lavoura de hortigranjeiros que tinham em Muitos Capões-RS.
Miguel Angelo Siega, então com 49 anos, foi abordado na Estrada do Santa Rita, em Muitos Capões, o qual fora alvejado com dois tiros, à traição (um tiro na nuca e um no pescoço) por um ex-funcionário da lavoura de hortigranjeiros.
O crime aconteceu em 2012, em 24.03.2012.
Menos de trinta dias após o acontecido, a Polícia Civil chegou a dois suspeitos, moradores de Lagoa Vermelha, e lá encontraram evidências de participação de Marcelo.
As investigações evoluíram, os dois executores foram presos mas MARCELO fugiu para o Estado do Paraná, sendo localizado e preso em QUITANDINHAS – PR.
Para chegar ao criminoso, a equipe de policiais civis gaúchos disfarçaram-se de colonos vendedores de batatinhas.
Provas robustas foram obtidas pela Polícia Civil no Inquérito Policial, sendo os três indivíduos indiciados por homicídio triplamente qualificado e presos preventivamente. Depois, obtiveram o direito de responder em liberdade.
Nesses anos:
O responsável pelos disparos, ÉDER, foi morto em um evento de final de ano na praça central de Entre Ijuís-RS, com duas facadas. O indivíduo que estava junto na cilada, EDUVAR, já havia sido julgado e condenado a 9 anos de prisão. No mês passado o Tribunal do Júri chegou a se reunir, para o julgamento de Marcelo Borsatto, mas ele não compareceu e a sessão foi adiada. Posteriormente, ele se apresentou à Polícia Civil e foi recolhido ao Presídio Estadual de Vacaria.
Na sessão do Tribunal do Júri, a acusação foi dos promotores Damasio Sobiesiak e Eugenio Paes Amorim e assistência do advogado Yuri Tiburi Rossi, que sustentaram o pedido da condenação.
Em plenário foram ouvidos , réu , testemunhas e dois policiais que realizaram a investigação e elaboraram o inquérito.
Formação do conselho de sentença com 5 homens e duas mulheres. A defesa ficou a cargo dos advogados de Lagoa Vermelha Vinicius Stella e Daniel Henrique de Aguiar Montovani que trabalharam pedindo a absolvição, por entenderem não existirem provas contundentes para condená-lo.
Ao final dos debates, lidos os quesitos e jurados reunidos em sala secreta votaram pela condenação do réu a uma pena de 19 anos e 08 meses de prisão, mas devido ao recurso fica em liberdade, até sair uma decisão definitiva. Sentença foi prolatada pelo magistrado, Odijan Paulo Gonçalves Ortiz, por volta de 23 horas e 50 minutos.
As investigações foram realizadas pela DP Vacaria, Seção de Investigações, estando à frente, naquela época, o então titular da DP, delegado Carlos Alberto Defaveri.
Fonte: SCS/25ªRP – Jornalismo Rádio Esmeralda