Sabedoria nos pedidos a Deus
Nós, seres humanos, somos ambiciosos por natureza e nem sempre nos preocupamos com o nosso aprimoramento interior. Por que não buscamos os bens espirituais com a mesma determinação com que buscamos os bens temporais?
Quando nos vimos em aperto, impacientes, proferimos uma única oração e já queremos obter o que pedimos; regateamos a semeadura e esperamos colher abundantemente; sequer damos tempo às Leis Divinas, para que as mesmas possam agir a nosso favor.
Nos habituamos a querer quase tudo sem um mínimo de paciência; se não temos o que queremos, de imediato, descambamos para a descrença e o desânimo; irreverentes, lançamos ultimatos ao Criador, como se Ele existisse apenas para nos servir.
Indiferentes à fé, reivindicamos prodígios dos quais nos julgamos merecedores; habituados a corromper a justiça dos homens, tentamos corromper e inverter a ordem que impera no Universo.
Não nos esqueçamos de que, toda benção espiritual sempre se faz antecipar pelo suor, de quem permanece na lida do bem, na prática e na semeadura do amor incondicional, o que nos garante os galardões na Eterna Morada.
Enfim, não ousemos bater às portas do céu sem o requinte espiritual da verdadeira humildade. E, uma vez com ela, insistir na dádiva Divina não é ser impertinente para com Deus, nosso Pai e Senhor.