PERDOEMOS OS ADVERSÁRIOS
“Reconcilia-te com teu adversário enquanto estás a caminho”. (Jesus)
Reatar os laços de amistosidade, respeito e simpatia, com aqueles que nos magoaram ou que foram por nós feridos, significa progresso moral, uma vez que assim procedendo, estamos a caminho da Luz, pois estamos aprendendo a amar aos outros como a nós mesmos.
Todo sentimento menos nobre, tende a transformar-se em peso que é carregado com sofrimento, angústia, mágoas e na mais das vezes com reflexos no próprio corpo físico, através de sensações inexplicáveis, as quais podemos chamar de “dores da alma”.
Na mesma medida com que perdoamos e buscamos a reconciliação, estamos sendo perdoados e nossas mágoas e frustrações relacionadas ao outro tendem a diminuir. Se o outro não me perdoa, o problema é dele, no entanto, quando sou eu a não perdoar, o problema é meu.
“Estar a caminho”, pelas palavras do Mestre representa a situação de pertencimento a uma família carnal, ao grupo de trabalho, ao círculo social, e ao contato muitas vezes com pessoas que nos desagradam e com as quais não preferimos conviver. É a maravilhosa oportunidade que temos de corrigir erros do passado.
Como não existe acaso, seres de difícil convívio, são aqueles com os quais temos o dever da reconciliação, pois antipatias não brotam do nada e se algo nos desagrada em certa pessoa sem causa aparente nesta vida, busquemos essas causas no passado, afinal nossa caminhada ao progresso não se resume somente a esta vida.
Todas as qualidades e tendências (boas ou más), acompanham o ser após a morte física, pois é o que levamos do plano material para o plano espiritual. Assim sendo, é lógico que as diferenças e desentendimentos se não resolvidos durante a estada no corpo físico, tendem a permanecer sem solução ocasionando ao que se chama “obsessão”, que nada mais é do que a interferência espiritual envolvendo dois seres, independentemente de qual plano estão vinculados – encarnado ou desencarnado.
A mágoa, gerando o ressentimento, ocasiona na mais das vezes estagnação espiritual, pois a permanência em zonas mentais nebulosas, doentias, deterioradoras de energia, são propícias à sintonia com seres em condições semelhantes, potencializando a negatividade.
Reconciliar-se com o adversário é condição para futuro ameno e confortável. Sejamos inteligentes, “perdoemos para sermos perdoados”!
Jornal “A FOLHA DO LITORAL” – Danilo Schiling