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Acusação

Eu, que não sou ele, acuso meu ego das seguintes burrices:
De tentar ser alguma coisa , dentro dos limites de seus pensamentos,
ambições e desejos.
De ser competitivo e de procurar ser melhor do que os outros egos; de querer
triunfar no que ele julga ser vida e de ter compromisso com o sucesso; de
querer se auto-afirmar; de acreditar na derrota e, por isso, sentir-se na
obrigação de estar continuamente lutando.
De ser extremamente instintivo e de comportar como qualquer animal, sempre
em função dos seus instintos de auto-afirmação, sobrevivência e sexual.
De acreditar que pode ser proprietário de pessoas e coisas.
De se apegar a uma falsa moralidade que ele mesmo criou como conseqüência de seus apegos às pessoas, idéias e coisas.
De ter um “amor” limitado a pouquíssimas pessoas, coisas e animais de
estimação, e de tentar construir, a partir desse “amor” limitado, um paraíso
que sempre se transforma num verdadeiro inferno.
De tentar construir um mundinho só seu, particular, cercado por uma
intransponível muralha de isolamento, de onde pretende exercer o máximo
possível de poder e influência sobre outros egos que julga especiais –
familiares, amigos, amantes, inimigos, etc. – ou julga inferiores a ele –
empregados, humildes, pessoas que ele discrimina, etc.
De acreditar, com convicção, na sua falsa moralidade e em todos os valores
mundanos criados, ao longo de milênios, por ele mesmo.
De se opor terminantemente a deixar de lado a culpa, a inveja e o medo de
perder.
De só conseguir perdoar para se sentir superior e sempre da boca para fora,
nunca no coração.
De acreditar na morte e de ficar inventando uma série de teorias sobre o
assunto, em função da necessidade que tem em dar continuidade à sua estúpida vida.
De tentar me fazer acreditar que eu sou o meu corpo, o que é mentira; de que
eu sou meus desejos e emoções, o que é mentira; e de que eu sou meus
pensamentos, o que também é mentira.
E o mais grave: de tentar me convencer de que eu sou ele.
Esse ego, não sou eu. Esse corpo, não sou eu.
Esses desejos e emoções, não sou eu. Esses pensamentos, não sou eu.
Eu sou vida e mente, criado pela infinita mente vivente que chamo Deus.
Minha vida e mente não estão separadas da Dele.
Vida e mente são uma só.

 

Fonte: Desconhecida

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