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Encontros

Há quem diga que viver é atravessar desertos;
Andar, andar e andar em direção ao melhor de nós mesmos.
E nesta travessia sem fim, é importante estar atento para com as pessoas com as quais a jornada compartilhamos.
Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos
nos encontros. Simples, mas profundo, preciso. É nos relacionamentos que
nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Quem são aqueles com quem você partilha a jornada?
Mais importante do que o caminho é o destino almejado…
Acerca do tempo, tudo ignoramos; Apesar de sermos feitos de tempo,
ou, pelo menos, da sensação do tempo.
O deserto possui um outro tempo, outro ritmo.
Ao contemplar suas dunas, compreendemos que temos a eternidade detrás, dentro e diante de nós. A cada nova manhã, diante da luz que a pele acaricia, temos duas opções:… Acolher a Luz, ou negá-la.
Acolher a Luz significa reconhecer a fragilidade e a brevidade da existência terrena, manifestando gratidão por mais um dia e todas as oportunidades de crescimento que ele nos oferece.
Negar a Luz é negar o vínculo misterioso e vital que nos une ao Sopro, à Fonte. Negar a Luz é negar o vínculo essencial que nos une aos demais seres. Livre arbítrio é escolher entre a Iluminação e a escuridão.
Entre a cegueira e a visão. A humanidade não é uma massa anônima e informe, mas o encontro entre seus indivíduos, a única coisa concreta que existe. Somos indivíduos responsáveis pelos outros, mas a gente muitas vezes esquece os caminhos que levam a isso.
Compaixão é um termo um tanto difuso, vago, e de difícil assimilação.
Desta forma, é sempre bom ter em mente que a caridade é a materialização
da compaixão. Partilhar bens e dons, materiais e espirituais,
com os quais fomos agraciados pelo destino.
Ter olhos, ouvidos e coração para um irmão em necessidade.
Para além da nossa família biológica, à família humana pertencemos.
Algumas tradições espirituais ensinam que fora da caridade não há salvação. Para uma alma, para a nossa combalida humanidade.
Enquanto outras se referem à caridade como um príncipe entre todos os atos belos. A correnteza da vida terrena corre continuamente.
Possa a nossa existência desaguar nos mares mais belos.
Ninguém é isento de responsabilidade; o tempo todo estamos escolhendo um lado… Que possa ser o lado onde brilha a Luz, e onde a compaixão
e a caridade em abundância florescem.

 

Fonte: Desconhecida

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