Palestra sobre menopausa integrou programação do Outubro Rosa
Maturidade, flacidez, falta de energia, bagunça hormonal, vida sexual diferente, calorões, velhice. Um mix de substantivos carregados de preconceito e desinformação. Em uma sociedade que supervaloriza a juventude, pouco se fala sobre este ciclo feminino, que é belo e cheio de novas descobertas se vier atrelado ao conhecimento.
Para desmistificar a menopausa, um projeto que já faz sucesso no Rio Grande do Sul – começa a se expandir para outras regiões do país neste mês de outubro, quando é comemorado o Dia Mundial da Menopausa (18 de outubro). É o Movimento Menopausa Sem Vergonha que leva informação, saúde e arte a mulheres.
Na noite desta quarta-feira, na Câmara de Vereadores de Vacaria, numa promoção da Liga Feminina de Combate ao Câncer, aconteceu mais um evento que integra a programação do Outubro Rosa na cidade. A palestra da menarca à menopausa sem vergonha foi ministrada por Márcia Selister.
Márcia é educadora física, uma mulher que tem “movimento no corpo e na alma”, como ela mesma se define. Além de chamar a atenção das mulheres para a importância de se falar sobre climatério e menopausa, a palestra abordou caminhos para a mulher viver essa fase da vida com mais saúde e bem-estar. A palestrante procura demonstrar que envelhecer é um processo natural e fisiológico, mas que não precisa ser doloroso.
“A gente precisa falar sobre a menopausa, sobre o preconceito que as mulheres sofrem e todos os tabus dessa fase. Informação significa mais saúde e qualidade de vida! Hoje, com 58 anos, ainda no climatério, sigo sendo impactada e transformada pelas mulheres e suas histórias. E meu propósito é levar alento e auxílio para que todas atravessem seus ciclos de forma leve e tranquila, repartindo e dividindo vivências e experiências – finaliza Márcia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), levando em conta o crescimento da expectativa de vida, que passou a ser de 73 anos, cerca de 1,2 milhões de mulheres terão 50 anos ou mais em 2030. Por esse motivo, é necessário conscientizar cada vez mais as mulheres sobre os efeitos da queda hormonal e os tratamentos disponíveis no mercado, como a terapia hormonal.
A menopausa representa o fim do ciclo reprodutivo feminino, mas não o fim da vida sexual feminina.
Confira a entrevista completa com Marcia Selister clicando abaixo.