Comandante do CRPO fala sobre dois homens mortos por policiais no final de semana

Na tarde deste domingo (23/02), a Brigada Militar, através do 10º Batalhão de Polícia Militar, foi acionada para atender a uma ocorrência de violência doméstica no bairro Municipal.
Chegando ao local, os policiais foram confrontados por um homem armado com uma foice e com uma faca na cintura, que investiu contra a guarnição.
Diante da ameaça, houve necessidade de intervenção com disparos de arma de fogo, resultando no óbito do agressor.
Durante a ação, uma mulher foi atingida na mão por estilhaços de disparo de arma de fogo e recebeu atendimento médico.
Além disso, foi constatado vazamento de gás no local, decorrente do uso da foice por parte do agressor. Os policiais entraram na residência para retirar as crianças e a esposa do autor, devido ao risco de explosão do local, motivo este que foi solicitado a presença do Corpo de Bombeiros.
Além desse fato ocorrido em Vacaria, outro homem também foi morto por policiais militares na noite de sexta-feira dia 21, no município de Jaquirana. A brigada havia sido chamada para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo.
No local, o suspeito avançou em direção aos policiais portando um saco e um objeto não identificado, desobedecendo às ordens de comando. Diante da situação um soldado efetuou disparos, atingindo o suspeito, que foi socorrido e encaminhado em estado grave ao hospital de Vacaria. Ele não resistiu e acabou morrendo.
O Coronel Luis Fernando Becker, comandante do CRPO Nordeste, em entrevista à Rádio Esmeralda na manhã desta segunda-feira, dia 24, disse que nos dois casos, os policiais agiram dentro dos padrões estabelecidos para atendimento de uma ocorrência. Conforme Becker, eles agem começando pela ação de voz, se for necessário usam arma de choque e por fim o último recurso é a utilização da arma de fogo.
Nos dois casos, segundo o comandante, os indivíduos atacaram os brigadianos e não houve tempo para uma reação diferente, ou seja, era a vida dos policiais que também estava em jogo. Diferente do que se havia noticiado que o homem no bairro Municipal tinha sido morto por uma policial, Luis Fernando Becker disse que os disparos foram efetuados por um soldado.
Agora a investigação está aberta na Justiça Militar e também na Justiça Civil havendo um prazo de 40 a 60 dias para ser concluído o inquérito.
Foto: Bombeiros
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