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As promessas e os desafios de ano novo

 As promessas e os desafios de ano novo

Foto: Divulgação/Rádio Esmeralda.

Enfim, dezembro chegou. E com ele, as festas, reuniões familiares e promessas para o ano novo. Mas para muitas pessoas esse período é sinônimo de tristeza, crises de ansiedade e insônia.

Essa condição, popularmente apelidada de “síndrome de final de ano” ou “dezembrite“, não é nova. Entretanto, especialistas percebem um crescente impacto do fenômeno na saúde mental da população.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já aponta o Brasil como o país mais ansioso do mundo, e profissionais de saúde mental confirmam que a demanda por ajuda psicológica e psiquiátrica pode aumentar no final de ano

A “síndrome de final de ano” ainda não representa um diagnóstico oficial. Não há registro do fenômeno no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, mais conhecido pela sigla DSM, documento que dá critérios diagnósticos de desordens psíquicas e emocionais.

Segundo a psicóloga Daniele Lima, algumas mudanças no comportamento e no humor podem ser comuns para quem sofre com o final de ano, tais como  alterações no padrão de sono – como insônia ou sonolência excessiva –, irritabilidade, episódios de choro e dificuldades de concentração.  Outros sintomas podem estar diretamente associados aos eventos do fim de ano, como sensação de sobrecarga, inutilidade e culpa.

Por que dezembro pode ser tão desafiador?

A especialista revelou que o fim e o início do  ano são motivos para retrospectivas e auto avaliação. Para quem enfrentou perdas, viveu momentos difíceis ou sente que não chegou aonde gostaria durante o ano relembrar o que passou pode causar frustração e angústia. Outro fator desencadeador de sentimentos de tristeza e ansiedade no período de festas é a quantidade de confraternizações e encontros com família e amigos.

A falta de entes queridos, desentendimentos familiares e a sensação de solidão são agravantes que se tornam ainda mais marcantes no contexto do Natal e do Ano Novo.

A disponibilidade e frequência do consumo de bebidas alcoólicas nesse contexto festivo também pode servir de gatilho para piorar a situação.

Como lidar com essas emoções?

Vale identificar se a “dezembrite” é um quadro passageiro, que emerge apenas no final do ano, ou se o período de festas intensifica uma condição já existente.

De acordo com o Ministério da Saúde, a prevalência de depressão ao longo da vida em território brasileiro está em torno de 15,5%, e o número de crises pode aumentar nesse mês. Portadores de outros transtornos, como a ansiedade, também sofrem.

Já planos e rituais não são obrigatórios. Mas, se você desejar estabelecer metas de ano novo, tente ser realista e ter compaixão consigo mesmo:  muitas vezes, criamos objetivos impossíveis que só geram frustração. Procure dividir metas ambiciosas em passos menores. Outra ideia é criar seu próprio tipo de ritual, que faça sentido na sua vida.

Ouça a entrevista clicando abaixo

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