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Agricultura impulsiona produção de carne bovina gaúcha

 Agricultura impulsiona produção de carne bovina gaúcha

Com avanço das lavouras, NESPro estima crescimento de 20% para a atividade nos próximos dez anos no Rio Grande do Sul. Foto: Fernando Dias/SEAPI

A produção gaúcha de carne bovina deve ter um avanço de 20% até 2033. A projeção é do professor e coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Julio Barcellos. “Isso seria em torno de 100 mil a 120 mil toneladas, perfeitamente possível de ser alcançado”, afirma. O salto, segundo o professor, será possibilitado por vários fatores, sendo o primeiro o processo de “agriculturização” que vem ocorrendo na Metade Sul do Estado. “Vamos aumentar o peso de carcaça, os ciclos ficarão mais curtos, e isso já é suficiente para aumentar (a produção em) no mínimo 50 mil toneladas”, diz Barcellos.

Devem contribuir, ainda, para um maior crescimento da produção gaúcha as oportunidades de exportação para o Uruguai e o aumento do consumo interno, resultado de investimentos da cadeia produtiva em programas de qualidade e certificação de carnes. “O Rio Grande do Sul também se preparará para atingir os nichos de mercado do centro do país que ainda preferem uma carne de raças britânicas e que, atualmente, estão importando do Uruguai, da Argentina e até da Austrália”, avalia.

A estimativa de Barcellos considera a que a produção gaúcha de carne bovina cresça 2% ao ano até 2033 – portanto, superando as projeções do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), recentemente divulgadas no estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33. Confeccionado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa e pela Embrapa, o documento aponta um crescimento de 12,4% à produção da proteína brasileira no período, “embora o Brasil continue liderando o mercado internacional do produto, suprindo 28,5% do consumo mundial”, destacou o Mapa.

Entretanto, o avanço projetado pelo Mapa para a produção de cortes bovinos é inferior ao previsto para a de frango e a de suínos, de 28,1% e 23,2%, respectivamente, nos próximos dez anos. Contudo, para a produção total (bovina, de frango e suína) é previsto um avanço de 22,4% no período, saindo dos atuais 29,6 milhões de toneladas para 36,2 milhões de toneladas anuais. As carnes de frango e suína também deverão atingir os maiores percentuais de avanço anual, de 2,4% e 2,3%, frente a uma expansão de 1,2% ao ano estimada à proteína bovina.

Fonte: Correio do Povo
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