Valores e moedas
O dinheiro está na pauta diária dos homens. No mundo, tudo gira em torno dele.
Os pais necessitam dos recursos amoedados para suprir a mesa com a alimentação rica e sadia, para matricular e manter seus filhos na escola de melhor nível, para garantir a roupa adequada aos pequenos.
As crianças o requisitam para comprar guloseimas, sorvetes e as mil quinquilharias que povoam de sonhos e fantasias a sua infância.
Os adultos dele precisam para realizar as viagens que acrescentam cultura, enquanto concedem prazer, tanto quanto para se especializar em suas áreas de ação, em cursos de extensão universitária, mestrado, doutorado.
Cursos que lhes garantam melhor qualificação profissional.
É o dinheiro que movimenta as pesquisas científicas que, em síntese, objetivam a melhoria de vida para o próprio homem.
O mesmo dinheiro que propicia bênçãos em mãos generosas como as de Alfred Nobel, industrial e químico sueco que instituiu o Prêmio Nobel para incentivar as obras literárias, científicas e filantrópicas do mundo todo, por vezes, é causador de muitos transtornos.
Quantas famílias se digladiam em nome do dinheiro. Irmãos agredindo irmãos pela posse de bens transitórios.
Inventários que rolam anos pelos tribunais humanos, porque os herdeiros não desejam renunciar à mínima parcela do que afirmam lhes pertencer por direito.
Uniões se desfazem porque o dinheiro não é suficiente para satisfazer os desejos do casal, ou de um deles apenas.
Filhos que agridem pais porque esses não lhes podem satisfazer todas as vaidades e todos os caprichos, porque o dinheiro que ganham, com o trabalho honrado de cada dia, não é suficiente.
Lares que se destroçam ante os desastres econômicos, que muita vez têm por motivo exatamente o desperdício, os exageros e a satisfação de ilusões fantasiosas.
Dinheiro que produz bênçãos e alegrias!
Dinheiro que é motivador de desamor, guerras e ruína.
Há os que o utilizam para o auxílio aos necessitados de toda ordem. Os que utilizam suas riquezas em fontes abençoadas de empregos que geram salários e sustentam famílias.
Há os que, com ele, alimentam os vícios de toda espécie, fomentam as guerras, financiam armas, destroem e destroem-se nos caminhos das drogas.
O mal não está, assim, na posse dos bens materiais mas na forma que são adquiridos e na sua utilização.
Os bens materiais são dádivas de Deus e objetivam o progresso e o bem-estar do homem e da sociedade, sobretudo, a sua evolução.
Sem dinheiro não existem empregos, pesquisas, progresso na tecnologia, nas ciências e nas artes.
Devemos aprender a bem utilizar o que nos chega, não nos esquecendo de que no concerto da Criação, somos apenas os usufrutuários das dádivas concedidas por Deus e que, um dia, deveremos prestar contas do seu emprego, perante as Leis Divinas.
Para progredir o homem necessita da sabedoria e da moral.
Exatamente como as aves, que para alçarem os vôos extraordinários pelo firmamento, necessitam ter ambas as asas bem equilibradas.
Sempre, antes cresce o homem na intelectualidade, isto é, no saber, para depois crescer na moral.
Isto porque para abraçar a moral, ele necessita entender, compreender, raciocinar a respeito das leis, conhecê-las para as colocar em prática.
Fonte: Momento Espírita