A paz interior
À vista de tanta violência, podemos afirmar que somos muito pobres de paz.
Vez que outra, assistimos algumas manifestações públicas pela paz.
Mas, a paz a que se referem essas manifestações públicas, é quase sempre relativa ao combate às indisciplinas, à violência, às drogas ou aos desmandos políticos.
Podemos observar que pouco se luta pela paz, que é a mãe de todas as outras: a paz interior. Essa, por ser individual, é ou não cultivada, no íntimo de cada um. Ela possui características e níveis próprios, dependendo de quem a possui, a abriga e a trabalha.
Os que pensam sustentá-la com comodidades materiais só obtêm uma paz aparente, falsa, que, uma vez posta à prova, não resiste e se quebra, deixando expostos o caos interno, a desordem e, quase sempre, a dor.
Precisamos nos convencer de que a paz é construída a cada momento. A de ontem já não é a mesma de hoje; a de amanhã, não será a de hoje, pois, ela será a somatória da de ontem e da de hoje.
A paz cresce como uma criança. Precisa de zelo e de muito cuidado. Cresce a cada dia com a intensidade do nosso amor. Não podemos deixá-la pequena ou raquítica. É preciso ser educada, trabalhada e robustecida. Uma vez abalada, precisa ser recomposta o mais rápido possível.
A verdadeira paz é a porta de entrada para novos ares em nossa vida, é alimento perene para a nossa alma, para a serenidade da nossa consciência e para a nossa saúde física e mental. E não nos esqueçamos de que, o principal adubo para a evolução da paz, é o amor a nós mesmos e ao nosso próximo.