Ondas curtas para uma longa história: saiba mais sobre o tema da Semana Farroupilha 2025
             
      Quase unívoco entre todos os intelectuais que escreveram sobre Tradicionalismo/MTG, é a ideia de que, em uma época de grande efervescência cultural, não somente interna, mas também estrangeira, como foram os anos 1950, os meios de comunicação em massa foram imprescindíveis para o sucesso inicial do movimento que destacou aqueles jovens na Capital: a rádio e a imprensa escrita no Estado se espalharam em grande parte para a divulgação dos ideais tradicionalistas e da sociedade que estava nascendo. Assim, desde as primeiras iniciativas do tradicionalismo, a imprensa acompanha-o com boa entusiasmo, com programas de rádio, páginas nos jornais da capital e do interior, programas televisivos , entre outros meios.
O tema para os festejos farroupilhas do Rio Grande do Sul, em 2025, busca enaltecer a história do destacado radialista, declamador e comunicador Darcy Fagundes, no ano de seu centenário, ressaltando, ainda, e tendo como subtema a significativa trajetória do programa Grande Rodeio Coringa, que completa 70 anos em 2025, desde sua primeira edição em maio de 1955, na Rádio Farroupilha. A escolha é motivada pela compreensão de que Darcy Fagundes marcou a história da comunicação gaúcha e de como nossa cultura foi lançada na grande mídia, contribuindo para a popularização e valorização dos aspectos regionais e identitários do povo gaúcho.
Darcy Fagundes, uma das figuras mais icônicas do “gauchismo”, desempenhou um papel fundamental na preservação e promoção da cultura regional, especialmente através das mídias. O Tradicionalismo, como guarda de valores, costumes e instituições enraizadas ao longo do tempo, encontrou nas mídias uma aliada crucial para divulgar informações, influências culturais e construir narrativas. Darcy Fagundes utilizou a rádio, um meio de comunicação de massa exclusivamente acessível à sua época, para dar voz à Tradição Gaúcha, difundindo o cancioneiro, poesias e histórias que ecoaram além das fronteiras do estado. Essa interação entre Darcy Fagundes e as mídias criou um cenário no qual a tradição poderia não só resistir, mas também adaptar-se e florescer, mesmo diante dos desafios e da evolução social. Assim, a rádio, e posteriormente outras formas de mídia, permitiram que o legado cultural gaúcho fosse perpetuado, reafirmando sua relevância e importância na identidade nacional.
Importante ressaltar que, apesar da proposta temática evocar especialmente a memória de Darcy Fagundes, a proposta também busca ampliar o conhecimento, especialmente dos mais jovens, acerca do programa radiofônico Grande Rodeio Coringa, em que o próprio Darcy atuou como 1º apresentador, junto do folclorista João Carlos D’ávila Paixão Cortes.
Darcy Fagundes nasceu em 15 de dezembro de 1925, na cidade de Uruguaiana e era primogênito de uma família de 11 filhos, entre eles o apresentador Antônio Augusto Fagundes, Aldo Batista, João Batista, Euclides Fagundes Filho e Júlio César. Foi casado três vezes, deixando um filho do primeiro casamento, três filhos do segundo e um garoto do terceiro, com Dona Liliana.
Ele foi contratado em 1955 pela Rádio Farroupilha para ser o ajudante de Paixão Cortes em um programa sobre tradicionalismo gaúcho que ainda não tinha nome. Darcy lançou seu primeiro disco em 1968, chamado Tropa Amarga, também lançou um conjunto de poesias, muitas delas como um Desencanto declamadas em seu programa de rádio. Rinha de galo foi sua primeira gravação individual.
No dia 22 de junho de 1984, Darcy Fagundes morreu aos 59 anos, vítima de um câncer que o abateu rapidamente, em Porto Alegre.
Fonte: Site da Semana Farroupilha
  
               
			
         		
                                                   
