Seminário destaca importância, resultados e oportunidade de implantação de sistemas de irrigação e reservação de água
Município que tem mais de 50% da área de frutíferas irrigada (1.890 ha de um total de 3.380 ha), e com 25 projetos de irrigação no Supera Estiagem (fases I e II), Antônio Prado sediou na tarde desta quinta-feira (05/09) o 4º Seminário de Irrigação, que ainda vai acontecer em mais oito regiões do Estado.
Promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pela Emater/RS-Ascar, o Seminário reuniu em torno de 200 produtores e contou com a presença do diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, do secretário da Agricultura de Antônio Prado, Ivandro Zamboni, e de representantes das instituições parceiras: Banrisul, Banco do Brasil, Cresol, Sicredi, Sicoob e Agrimar.
O Programa de Subvenção de Irrigação e Reservação de Água (Supera Estiagem) foi apresentado pelo engenheiro agrônomo Paulo Lipp João, que representou o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn. O Supera Estiagem é destinado a todos os produtores rurais (pessoas físicas) que tiverem interesse em implantar projetos – de sistemas de irrigação (aspersão, localizada ou sulcos) ou reservatórios de água para fins de irrigação – financiados por bancos ou com recursos próprios. Prevê benefício limitado a 20% do valor do projeto, até o teto de R$ 100 mil por produtor, pago em parcela única.
Os agricultores têm prazo até o dia 30 de abril de 2025 para encaminharem os projetos técnicos e a documentação. Conforme Lipp, até o final de agosto foram recebidos 191 projetos, que representam um montante de R$ 66 milhões e R$ 7,5 milhões em subvenção, dos quais 120 já foram analisados. O governo pretende investir mais de R$ 200 milhões em quatro anos, sendo que para este ano já estão assegurados R$ 20 milhões.
O programa pretende aumentar a área irrigada em até 100 mil hectares em quatro anos. A meta é mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, aumentar a reservação de água e a irrigação (elevando a produtividade das culturas) e se aproximar da autossuficiência de grãos, principalmente do milho.
“Todos sentimos na pele, agricultores e técnicos, o quanto que cada vez mais nós precisamos nos aprimorar com ferramentas que combatem as adversidades climáticas e com práticas culturais que vão desde cuidar do solo até fazer o trato cultural, a poda, o manejo e a colheita adequados”, destacou o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera. “Então, trabalhar com a irrigação é uma pauta que cada vez mais está presente, e com sistemas de irrigação eficientes, que economizem água, que façam o bom manejo e uma boa prática de irrigação”, frisou.
Fonte: EMATER