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Médico alerta sobre perigos do autodiagnóstico na internet

 Médico alerta sobre perigos do autodiagnóstico na internet

Foto: Divulgação/Rádio Esmeralda.

As Doenças do Aparelho Digestivo são um conjunto de condições médicas que afetam os órgãos e tecidos envolvidos na digestão e absorção dos alimentos no corpo humano. Elas podem aparecer em diversas intensidades e trazer vários efeitos para a qualidade de vida.

Gastroenterologia. Todos nós já ouvimos essa palavra longa e complicada. Geralmente, resumimos em “ir no gastro”. Não está completamente errado, mas afinal, o que faz essa especialidade médica?

O gastroenterologista é o profissional médico que cuida de todas as doenças relacionadas ao aparelho digestivo, que se estende desde a boca, passando por esôfago e órgãos como o estômago e o intestino, chegando ao reto. Ele é capaz de realizar exames, prescrever medicamentos e procedimentos necessários para a saúde desse sistema do corpo.

Por isso, qualquer sintoma relacionado a esses órgãos, incluindo situações comuns como enjoo, azia ou queimação no estômago, refluxo, vômitos, alteração na digestão, dor abdominal, diarreia, prisão de ventre, gazes, inchaço ou distensão abdominal são indicativos de que você deve procurar um gastroenterologista.

Esses sintomas podem estar denunciando algumas doenças comuns que pode afetar o sistema digestivo. O médico gastroenterologista José Luis Vial Filipi participou do programa Comando Geral desta quarta-feira. Segundo o profissional, a demanda por consultas mudou. A partir de observação e pesquisa pessoal — normalmente na internet —, o paciente tira conclusões por si mesmo acerca de uma suposta condição médica que ele acredita apresentar. Filipi disse que a facilidade de acesso a informação tanto pode auxiliar como atrapalhar o diagnóstico.

As informações encontradas online consideram sintomas gerais, mas não levam em conta as características individuais de cada paciente e as variáveis que podem alterar um diagnóstico, como hábitos alimentares e prática de exercícios físicos.

Um estudo publicado na Austrália  analisou 36 indicadores internacionais e identificou que o diagnóstico correto é o primeiro resultado das buscas em apenas 36% dos casos.

Outro problema é a profusão de conteúdos que estão, muitas vezes, incorretos. Conforme informações da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em uma análise de 1.152 vídeos sobre cardiologia publicados no YouTube, pesquisadores do Centro Universitário de Volta Redonda identificaram que apenas 4% dos conteúdos estavam corretos.

As imprecisões dos resultados de buscas online levam ao atraso na descoberta do problema e, consequentemente, no início do tratamento adequado, o que pode agravar o quadro. A partir do que é encontrado na internet, também é muito comum que pacientes se automediquem, causando complicações ainda maiores.

Ouça a entrevista clicando abaixo

 

 

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