MÁGOAS E APRENDIZADOS
DIÁLOGO FRATERNO
Danilo Schilling
Somos seres em permanente e progressiva formação, a semelhança do próprio Planeta que se desenvolve aparentemente de forma lenta, mas inflexível, quer nas ciências, modo de vida, e a própria formação do ser humano, saído das cavernas às mansões e arranha-céus, do caminhar à tecnologia dos meios de transporte.
Importante notar que alguns princípios que naturalmente nos fariam verdadeiramente “seres inteligentes”, não são exercitados por grande parcela dos caminhantes terráqueos.
Nossa característica ainda se prende ao individualismo, ao olho-por-olho, embora o feixe de recomendações trazidas pelo Cristo: “amai-vos uns aos outros”, “faz ao outro o que queres para ti”, “ama o próximo como a ti mesmo”, e outras tantas recomendações que, se colocadas em prática, resultariam em evolução constante e rápida.
Somos ainda, como humanidade, insensíveis às individualidades, preferências e estágio evolutivo daqueles que julgamos “diferentes” de nossas preferências.
Como nada existe por acaso no Mundo de Deus, tudo aquilo que nos toca, que nos felicita ou infelicita, tem razão de existir objetivando o aprimoramento individual e coletivo.
Certamente aproveitaríamos bem mais nosso estágio no Plano Material de soubéssemos entender e aplicar os ensinamentos recebidos permanentemente, especialmente nos momentos em que nos julgamos prejudicados, magoados, injustiçados pelos companheiros de caminhada ou pela própria vida como costumamos dizer: “isso não deveria acontecer comigo”, “Só comigo acontece isso…”
Devemos entender e assimilar as mágoas sofridas como verdadeiras lições para nossa evolução e aprimoramento, pois representam o treinamento para resignação, perdão das ofensas, amor ao próximo, caridade, características da verdadeira vida cristã.
A cada momento em que nos sentimos magoados, devemos agradecer por não sermos nós o agressor. Agradecer como lição para diminuir o orgulho, a vaidade, a soberba. Características de inferioridade que acompanham aqueles que vivenciam ainda os tempos de Moisés: “Olho por olho!”
A convivência humana exige permanente aplicação do medicamento chamado amor! Esse sentimento servirá como auxílio no burilamento de nossa alma imortal, conduzindo-nos em melhores condições ao Mundo Espiritual de onde viemos e para onde retornaremos após essa breve passagem por um corpo material.
Perdoar e servir ao próximo é sinal de amor e evolução espiritual. Não conservar mágoas e ressentimentos significa verdadeiro aprendizado.