A busca
Estou buscando sorrisos que possam acordar as manhãs, criar suave acalento das noites idas e vindas com sopros e espantos.
Estou buscando lembranças para fazer uma trança, uma trança de bem-querença com penduricalhos de Olivença.
Parto a busca de encontros por rotas e biotas, trajetos por onde, presumo, deva passar você.
Estou buscando paisagens com visões e miragens, recantos para sonhar o amado amor de amar.
Amar até sem perceber ou ter noção e ver.
Estou a colher gravetos para acender fogueiras, nos centros ou nas beiras, ou nas ruelas estreitas, onde os violões harpejam sons de amores ausentes.
Estou distribuindo poemas sem dó alguma ou pena, semeando um ecossistema onde florescerão frutos, enquanto garimpo gemas incrustradas na argila bruta.
Estou buscando poesia para encantar o viver…