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Previsões para o inverno e para a primavera no Estado

 Previsões para o inverno e para a primavera no Estado

Defesa Civil Estadual e Simagro, na Seapi, estão intensificando trabalho de prevenção.

Após a ocorrência de três ciclones em menos de um mês no Rio Grande do Sul, meteorologistas explicam a reincidência desses eventos no Estado, as perspectivas para as próximas semanas e meses e as ações governamentais para antecipar esses episódios e alertar a população.

Flavio Varone e Lucas Fagundes são meteorologistas do governo estadual e podem ajudar a entender melhor esses eventos climáticos. Varone é coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), e Lucas, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), atua na Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Varone explica que a ocorrência de ciclones é comum no Rio Grande do Sul. Na maioria das vezes, eles se formam sobre o oceano e não causam danos à população. Apenas quando se aproximam da costa, podem acabar gerando transtornos maiores. 

“A ocorrência de ciclones é bastante comum no Estado, principalmente no outono e no inverno. Geralmente, eles passam distante da costa e não causam grandes problemas no continente. Porém, algumas vezes, se aproximam do litoral gaúcho, e isso pode trazer danos, prejuízos e eventos severos”, afirmou.

Lucas também defende que os ciclones são sistemas normais durante esse período. Nas últimas semanas, o primeiro e o segundo ciclones se formaram no litoral gaúcho e o terceiro, sobre o continente, causando chuvas e ventos fortes, além de precipitações de granizo, que impactaram diversas cidades gaúchas.

O primeiro ciclone resultou em elevados acumulados, chegando a 300mm no município de Maquiné, no Litoral Norte. O segundo foi de menor intensidade, e os acumulados alcançaram 120mm. O terceiro, além dos acumulados, teve instabilidade suficiente para causar tempestades pontuais, com rajadas intensas de vento e acumulados atingindo 230mm durante o período. O primeiro e o terceiro evento, que ocorreram, respectivamente, nos dias 15 de junho e 12 de julho, foram mais severos, enquanto o segundo, registrado em 8 de julho, não provocou tantos danos. 

Os meteorologistas também explicam a recorrência desses eventos num curto intervalo de tempo. Segundo eles, o principal fator são as condições atmosféricas.

Segundo o último boletim do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Seapi, no fim do trimestre entre julho e setembro, o El Niño deve atingir forte intensidade no Rio Grande do Sul, levando ao aumento da precipitação pluvial sobre todo o território, com volumes de chuva acima da média em todas as regiões.  

Esse documento é elaborado a cada três meses por especialistas em agrometeorologia de 15 entidades públicas estaduais e federais ligadas ao clima e à agricultura. As previsões apresentadas são baseadas no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Fonte: SECOM/RS- Defesa Civil

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