Esclerose Múltipla, uma doença que afeta cerca de 40 mil pessoas no Brasil
A esclerose múltipla (EM), enfermidade que atinge cerca de 40 mil brasileiros, é uma doença neurológica, crônica e autoimune (as próprias células de defesa do organismo o atacam). Por motivos genéticos ou ambientais o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (camada de gordura que envolve as fibras nervosas do cérebro e medula espinhal), comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo. Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas.
Os ataques, chamados surtos, são crises inflamatórias que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões. Há ainda, desde o início da doença, degeneração das próprias fibras nervosas ou axônios. Os surtos ocorrem aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa. O médico neurologista Alexandre Vicentin diz que a esclerose múltipla, evolui em crises, que afetam vários órgãos do sistema nervoso e que a doença afeta mais as mulheres.
Embora ainda não exista cura para a EM, há tratamentos medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, contribuindo para a diminuição do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida dessas pessoas. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista de forma individualizada.
Manuela Almeida, diagnosticada com Esclerose Múltipla em março de 2022, revela como foi o início da doença e como é conviver com a enfermidade. Atualmente ela mantém uma conta no instagram onde compartilha suas experiências. O endereço é @manu.umavidacomem .
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