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Debates sobre IPE Saúde na Assembleia do RS

 Debates sobre IPE Saúde na Assembleia do RS

Projeto do governo do Estado será discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa na quarta | Foto: Ipergs / Divulgação.

Embora sem votações, a semana na Assembleia Legislativa será de debates e articulações, principalmente sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) 259, do Executivo, que trata da reestruturação do IPE Saúde, tendo entre os principais pontos o aumento da alíquota aos titulares para 3,6%, alteração por faixas etárias da contribuição por dependente e uma trava global de 12% de contribuição por servidor.

Entre hoje a amanhã, representantes de quatro comissões permanentes farão o alinhamento do planejamento da audiência pública prevista para quarta-feira, a partir das 10h, com a participação de sindicatos de servidores públicos, governo e entidades médicas.

Na semana passada, a Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo aprovou o requerimento proposto pelo deputado Professor Cláudio Branchieri (Podemos). Antes, as comissões de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado e de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle já haviam aprovado requerimentos sobre o assunto, solicitados por deputados da federação PT e PCdoB, nos meses de março e abril, respectivamente. Também integra o grupo a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que conta com uma subcomissão coordenada pelo deputado Dr. Thiago Duarte (União).

“Resolvemos, a pedido do próprio governo e da base, fazer uma audiência apenas. Achamos mais racional. Nossa expectativa é essa, que recepcione todas as representações do funcionalismo público”, explica a deputada Stella Farias (PT), que preside a comissão que trata de serviços públicos. Ela destacou que a “todos os atores envolvidos foram convidados. “Dos que vão pagar a conta e também do governo do Estado e dos médicos”, detalha.

Até o fechamento, as assessorias do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e da presidência do IPE Saúde não haviam retornado confirmando as presenças.

Sindicatos prometem fazer mobilização

A União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública promete apresentar na audiência de quarta-feira os dados de uma pesquisa realizada com mais de 400 pessoas nos últimos dias buscando identificar, em diferentes escalas, as chances dos servidores públicos deixarem o plano em caso de aprovação do texto do governo, com diferentes parâmetros de controle como renda, idade e gênero. Conforme Filipe Leiria, conselheiro da entidade, os números preliminares sugerem um índice elevado de propensão a deixar o IPE Saúde.

Ao longo das últimas semanas, a Frente dos Servidores Públicos (FSP) vem realizando plenárias organizadas nos núcleos do Cpers-Sindicato pelo Estado. Nos encontros, os representantes da frente, que conta com 22 entidades de classe, reforçaram a mobilização para a audiência pública e para uma manifestação na Praça da Matriz no próximo dia 20, data a partir da qual o projeto do Executivo poder ir à votação no plenário. Enviado em regime de urgência, a proposta tranca a pauta a partir do dia 17. A definição sobre a ordem de votação em plenário ocorre na reunião de líderes na Assembleia, amanhã pela manhã.

Os sindicatos defendem a retirada do projeto de pauta, pedindo, antes de mudanças no IPE Saúde, a revisão salarial para os servidores públicos estaduais, o que, em sua visão, reduziria o déficit do plano por meio da contribuição dos beneficiários. Por outro lado, o governo entende que, para isso, o aumento deveria ser de 32%, o que não é viável por conta da Lei de Responsabilidade e do Regime de Recuperação Fiscal.

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) vê essa semana como “decisiva” para a aprovação de emendas consideradas estratégicas para a categoria dos médicos, como a recomposição dos valores destinados às consultas e procedimentos. Na semana passada, os diretores da entidade e os assessores políticos participaram de agendas com os parlamentares, apresentando os pontos mais relevantes para a categoria e destacando a falta de reajuste dos procedimentos médicos há 12 anos.

Até o momento, o projeto recebeu sete emendas. Delas, quatro abordam demandas dos médicos, que entendem não terem sido contemplados no texto original.

Fonte: Correio do Povo

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